Arquivo mensal: janeiro 2012

Outro quarto, outro mundo!

Voltando para a minha nova casa, me peguei pensando em quantas vezes nos últimos anos disse “Eu poderia viver dentro do meu quarto tranquilamente. Lá tem tudo que eu preciso”. Hoje eu tenho um quarto, apenas um quarto e com sorte um banheiro.  Não preciso dividi-lo com ninguém. Ao contrário de muitos amigos que conheço que não contam com tal privilégio como eu.  Algumas pessoas não são apegadas a essas comodidades, mas eu ainda sou um espírito em evolução e preciso de um banheiro só meu, talvez possa dividi-lo no máximo com a minha namorada e família. De resto vou me sentir um palestino invadindo Israel.

Chegando em casa, ao abrir a porta e cobrir o pequeno cômodo com os olhos exclamei “quantas vezes falei e ouvi. Posso viver apenas com isso”. Desprezando o resto. Como fiz sempre com a minha velha casa. Tinha sala e cozinha, a área de serviço tinha uma bela vista, dava para ver a Marginal cortando São Paulo e boa parte da Zona Norte, o Playcenter, o Bairro do Limão e mais para longe Santana. Mas poucas vezes fiquei por lá contemplando o nada. A mesa de jantar quase nunca usei, a não ser para jogar o jornal do dia e as correspondências. A rede na sala era algo fantástico, mas conto nos dedos o tempo em que me deitei para assistir tevê por ali.

Passei os últimos 4 anos dentro do meu quarto, de onde conversava com meu pai apenas quando escutava alguma coisa através dos fones. Pensei que viveria por mais alguns anos naquele pequeno mundo, com meus livros, DVDs, a cama e o computador.O típico mundo de um capricorniano. Mas isso é assunto para outro post.

Mas a roda da vida girou e agora após seis meses estou em outro quarto. Que no momento posso chama-lo de meu, pela bagatela mensal de muitas moedas de ouro. Uma cama, um computador, um armário. A casa não é minha, falta liberdade, e privacidade, por mais a vontade que a dona da casa me deixa. Mas faltam os meus copos, os pratos, o sofá e a mesa para deixar as correspondências. Falta a minh’Alma neste lugar. Fincar a minha bandeira e marcar meu território. Fazer xixi no carpete, roer o batente e latir para as visitas. Esta faltando a minha casa.

Posso falar por mim, e aprendi a não medir as pessoas pela minha régua, portanto agora penso, que dei mais importância para algumas coisas e pouca para tantas outras, achando que elas estariam sempre ali ao meu alcance, mas quis o destino leva-las para longe. Algumas eu nunca mais terei e tantas outras terei um longo caminho a percorrer para poder reencontra-las. Estarei pronto para essa caminhada? Só o tempo terá a resposta.

Os números de 2011

Os duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2011 deste blog.

Aqui está um resumo:

Um comboio do metrô de Nova Iorque transporta 1.200 pessoas. Este blog foi visitado cerca de 7.800 vezes em 2011. Se fosse um comboio, eram precisas 7 viagens para que toda gente o visitasse.

Clique aqui para ver o relatório completo